segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Na pior igreja possível.

Esse domingo fui para a igreja. Havia me esquecido a experiência, e não faz mal uma vez ou outra, certo ? Expandir os horizontes, sabe ?

Mas devo-lhe dizer, foi uma experiência e tanto !

A igreja era pequena, menor que a menor que existe, porém com uma incrível quantidade de fiéis! Era toda branca e,para minha surpresa, ao invés de um padre era uma freira mulata que ensinava as orações aos fiéis.

E que rezas !
Eram tantas que minha cabeça doía só de ouví-las. Os dogmas se faziam todos a base das orações, e é claro, existia uma oração principal, e as diversas outras se dividiam em dois grandes grupos.
Um era fervoroso e completamente devoto as orações dessa estranha igreja. Eram fiéis tais quais, assim como, da mesma forma, que subordinados.
Já o segundo grupo era mais distinto, eles ainda seguiam as orações, mas era uma coisa mais simples, as orações eram independentes, e nao se seguia um bloco, mas, porém, entretanto, cada uma em si. Que por sua vez era regida por uma ordem, ou uma co-ordem, ao que parecia.
O primeiro gupo acreditava em sua santíssima trindade, e seus líderes, os três profetas com nomes grandes e complicados eram raros e sábios. E os discípulos, com nomes ainda mais difíceis, eram numerosos e curiosos. Nomes que nunca antes vi, que envolviam algo com objetos, e completavam algum tipo de nome, acho eu. Eram tantos que não me dei ao trabalho de decorá-los.

Quando o segundo grupo tomava parte nesse enigmático ritual, formava duas filas, quais os nomes não me passam na cabeça, mas algo me dizia que eles eram aidéticos, ou algo assim.
Enquanto uma fila permanecia inalterável, não podia dizer o mesmo da segunda, que se mostrava adversativa a primeira. As orações proferidas por essa última fila, tinham batidas e uma sonoridade tão aditiva que ninguém ficava parado ! Uns fiéis não eram de acordo; os demais mostravam outras alternativas, apresentavam explicativas, mas só as conclusivas pareciam saciar o desejo desse fiéis mais revoltos.

Após o que me pareceu o término do espetáculo, voltei a minha casa, extasiado e confuso, pois nunca tinha tido um dia como aquele na igreja, nem quando fequentava igrejas regularmente.
Que igreja era aquela ? E que tipo de religião confusa e desnecessária habitava aquele lar ?


A dúvida sobre a igreja corria em minha cabeça até pouco tempo, quando recebi um telefonema de meu amigo, perguntando-me o que aconteceu, que eu nunca lhe dei explicações sobre o que fiz. Ao perguntar-lhe o que fiz, ele me lembrou de algo que havia, digamos assim, tomado um "chá" de sumiço
de minha cabeça.

O domingo era plena terça-feira, e a igreja não passava de uma aula chata de português.



Ok, sem mudar o café-da-manhã, à partir de agora.