sábado, 17 de julho de 2010

Pai.

Sempre que o encontro, não há sorriso no rosto. Sua indiferença faz-se notar, e seu desprezo ressalta a personalidade desse ser. Quantos olhares decepcionados já não dei, ao olhar para o chão ? Por quantas vezes, não me pergunto qual o motivo de minha presença em sua companhia ?

Mas nessas horas, permito-me lembrar de que há uma resposta, uma resposta colossalmente melhor, em comparação as ruins. Lembro-me que após um tempo, um sorriso verdadeiro e sincero, brota de seu rosto, e aí perco todo o medo, toda sua indiferença some, e toda a paranóia torna-se pelanóia. Lembro-me então que cansamos de concordar, sem nem precisar ouvir algo. lembro-me também que cada plano que orquestramos e contamos, coincidem com nossa vontade, e não há alguma dúvida que o realizaremos.

Porque sentados na sala, conversando, somos os dois estranhos mais normais do mundo.

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