Pois um dia, os anjos se cansam do peso de suas asas, de suas auréolas, seus eternos pesares.
Pois assistem todo dia o milagre nascer e morrer sufocado, enclausurado, abortado.
Pois um dia, os anjos vem para terra impulsionados pelo desejo e aflição, de querer ajudar
esses seres que não entendem o quanto precisam ser ajudados.
E nesse dia eles deixam para trás as asas, auréolas e os eternos pesares.
A vida eterna e o paraíso.
E vem para a terra, com nada mais que um dever, e algumas boas ideias para salvar o mundo.
Hoje a história é sobre anjos que chegam, e vendo que o ser humano nunca soube como voar,
decidem se unir e instigar o canto do universo, o som do bem.
Pegam guitarras elétricas, baterias, e berros agudos.
Enchem um dirigível de chumbo
e levam todos paras as alturas com a leveza de suas músicas.
Inflam a alma
e elevam o espírito.
E assim o ser humano voa, e se perde,
e vai parar onde puder,
onde quiser.
Menos os anjos, que trocaram os jardins de Éden,
pelas ruas poluídas do planeta terra.
Os sonhos mais lindos e puros,
por pesadelos alucinógenos e nocivos.
Para esses anjos, só os portões do inferno se encontram abertos.
Para os que quiseram ajudar, quem não merecia ser ajudado,
apenas o arrependimento.
Mas esses anjos recusavam o inferno,
mereciam coisa melhor.
E recusavam a ideia de morrer como homens normais,
sabiam que não havia segunda chance nesse mundo.
Então enquanto salvavam a vida de muitos da monotomia
e do barulho, construíam pouco a pouco
uma escada, que os levaria, de volta aos céus.
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