O dia em que o mundo se arrependeu — Em que o mundo se chocou.

Em que o mundo se chocou.


E depois que o fogo se apagou, depois que a última brasa acesa deixou de queimar, foi como se a própria esperança abandonasse a terra, e as pessoas, olhando-se ao redor, começaram a se perguntar se não teriam elas acabado de cometer o maior erro de suas vidas...

Mas antes de contar essa história, preciso contar esta:

Era notícias em todos os jornais de todos os países: O Brasil, outrora grande produtor de café, exportador de soja, era agora palco de uma grande e nefasta guerra civil, com direito a armamentos militares semelhantes ao do conflito no Iraque. Tudo por causa de construções em terrenos inválidos formarem sub-cidades, as conhecidas favelas, que eram administradas por criminosos armados e perigosos. Eles estavam lá a negócio, formando um largo mercado negro de substâncias tóxicas ilícitas.
Drogas.
O tráfico comandava grande parte da população pobre, que morava em zona de perigo. Fortemente armados, faziam vítimas ano após ano: Assaltos, sequestros, torturas, estupro; os crimes mais imorais que se pudesse imaginar. Respeito não era conhecido entre os bandidos; Trocavam-o por medo.
O Brasil encontrava-se numa situção delicada. Poucos anos antes da copa do mundo e das olimpíadas, que por sua vez seriam sediadas no país, precisava-se acabar com o problema do tráfico, e rápido. Com uma política de criação de polícias pacificadoras, que seriam instaladas em cada favela comandada pelo tráfico, o governo do Rio de Janeiro conseguiu dar cabo ao problema, mas inúmeras vidas foram perdidas por ambos lados, e o estado precisou até mesmo acionar as forças militares para entrar nas favelas com veículos blindados.
Drogas e armas foram apreendidas, crimonosos dos mais perigosos presos, famílias foram reatadas, e condecorações dadas. A paz se intalara ali, nas zonas mais afetadas pela miséria e violência social.
Tudo acabara bem, mas ao preço de vidas, gastos excessivos, prejuízos que nenhum país deveria ter por nenhum motivo. E foi com essa justificativa que alguns dos governos de países europeus e das américas acionaram uma reunião global, juntamente com a ONU, para discutir-se o problema causado pelas drogas, e até quão longe chegaria. As drogas financiaram um poder paralelo criminoso, e caso não fosse tomada uma medida drástica, não se sabe ao certo quão forte seria esse poder. Poderia ser um país ? Um continente ? Por sorte o problema não se agravou a tal ponto, mas quão tempo mais poderia arriscar-se a segurança de um país por causa de entorpecentes ? Algo precisava ser feito, uma solução teria que ser formulada, antes de se repetir o erro do Brasil.
E foi nessa reuniao que se decidiu o futuro do mundo, para melhor ou pior, ele havia de mudar.